1ª Edição - 2009
Universitários – Crônica
Tema: O Trânsito no meu cotidiano.
1º lugar - Marcos Vinícius Puttini e Sadhu Abraham Vicêncio Andrade
2º lugar - Leonardo Fukasawa Galvanese
3º lugar - Marino hilário Catarino
1º lugar - Marcos Vinícius Puttini
O Trânsito no meu cotidiano
Ninguém sabe, mas vou confessar: os carros têm alma. Eu sempre tive a minha, desde que me montaram, em 1975. Sou carro grande, espaçoso, mas estou antiquado; agora que o país ficou mais rico, todo mundo quer o carro do ano. Hoje trabalho para uma funerária. É duro falar disso, mas a gente tem que encarar, mesmo eu, que não tenho cara, só faróis...porque já fui um carrão de donos zelosos, de garotões supervelocistas, de moças prendadas que diziam "esse carrinho é uma uva". Gente, vou contar: o trânsito de São Paulo tem feito eu trabalhar muito, apesar de minha idade.
Sabe o que me chateia mesmo? É o modo como os motoristas me tratam. Quando me avistam, desviam, rapidinho, me evitam, sabem por quê? Dizem que carro funerário não da boa sorte, e além do mais, se for roxo. Pois bem, sou roxinho. Me sinto como a caveirinha com a foice, ninguém gosta, porque sou um símbolo da morte. Puxa vida, eu não provoco a morte de ninguém, não. Morte devia ser coisa natural. Eu só levo o finado para sua última morada. Os motoristas da prefeitura, que me conduzem, me chamam de "o leva e não traz", mas, para falar a verdade, não tem nada de engraçado na minha função. Porque a morte não é um símbolo: ela é real e pode ser evitada.
Neste trânsito desregrado de São Paulo, eu tenho visto mortes estúpidas, que não precisam acontecer, tanta gente ferida, sem precisão alguma. A culpa é de toda a sociedade, concordo, mas, principalmente, de quem dirige sem prudência. Quando eles cruzam comigo, levando um corpo ao cemitério, ou mesmo quando estou vazio, os motoristas se comportam; porém, logo depois que me passam, tornam-se feras de metal: os carros rugem, fazem ultrapassagens proibidas e se acham cobertos de razão, passam sinais vermelhos e, se houver um pedestre na faixa, meio desavisado, que não viu o semáforo mudar, coitado, eles o xingam, quase atropelam, e, muitas vezes, atropelam. Puro aço e peso sobre um corpo de carne e pele, uma covardia. Já vi criancinha ser atropelada, já vi velhinho, vi moço novo morrer, uma tristeza. Levei muitos corpos que foram embora da Terra sem que a hora fosse chegada, de súbito. As famílias vão tristes atrás do cortejo, perguntando-se como é que pode: alguém que dirige bêbado e atropela os trabalhadores no ponto, colisões com ônibus, os motociclistas se massacrando e sendo massacrados, uma guerra, cheia de discussões, de violência, de intolerância, as marcas que ficarão no corpo e na alma, para sempre.
Se tem uma coisa que me dá gosto, é ir devagarzinho, e levar uma pessoa que morreu de causa natural, velhinho, cheio de filhos, netos, bisnetos, todos falando da vida plena que aquela pessoa teve. Quanto menos serviço, melhor para mim, melhor para você: é sinal que aqueles que se amam passaram mais tempo juntos, que compartilharam da vida, esta magia única, sem igual. Pergunto-me: será que todos os carros desta cidade querem ser carros funerários? Eu espero que não, então, por favor, parem já de competir comigo -porque chegar bem ao destino é o destino do homem de bem. Dirija com cuidado, para que a sua última volta atrás seja daqui há muito, muito tempo; enquanto esta hora não chega, vá com calma para os braços da vida e corra para bem longe dos acidentes de trânsito. O roxinho aqui agradece.
1º lugar - Sadhu Abraham Vicêncio Andrade
O Trânsito e o Martelo
Juro que gostaria de escrever essa crônica em um dia que eu estivesse mais contente, ou melhor, menos descontente com o trânsito paulistano, mas não! Ao fim de um dia o qual passei seis horas dentro de alguns ônibus, descobri que este, um momento de exaustão, é o melhor momento para escrever algo a respeito do complicado trânsito paulistano, além, é claro, do fato de eu ter que entregar este texto até amanhã. Mas isso são coincidências.
Passo, em média, quatro horas por dia no trajeto casa / trabalho / faculdade, horas com as quais já me acostumei nestes sete anos em que moro em São Paulo.
Sou do tipo de cara que enjoa quando lê algo dentro de qualquer coisa que se movimente, o que, na teoria, tornam improdutivas estas minhas horas no trânsito. Procuro, portanto, gastar este tempo pensando no trabalho, na família, nas conversas das pessoas próximas naquele momento, penso em futebol, em Minas Gerais, penso em mim mesmo. Divirto-me com algumas lembranças, com alguns sonhos, distraio-me pelas janelas do coletivo com recorrentes acidentes, com moleques roubando na Sé, com bêbados, putas, brigas, carros, motos, com motoristas limpando o nariz, com uma arquitetura diferente, uma nova descoberta, enfim, tudo que transcenda um pouco o congestionamento mental que me consome naquele período. Impressiono-me com a capacidade de me tornar monótono diante tanta inquietação.
Hoje esta monotonia ultrapassou um pouco os limites. Uma aliança entre volta às aulas e a que tomou a cidade o dia todo, acarretou, obviamente, em um trânsito bastante complicado. Demorei três horas e meia para fazer um trajeto que gasto no máximo duas horas em dias comum. Algo desesperador quando se têm horários a cumprir.
Desesperei-me já nos primeiros minutos quando vi que iria passar um bom tempo no trânsito, angústia que se multiplicava a cada farol vermelho, a cada carro batido, a cada ponto de ônibus inoportuno, e depois a cada freada, a cada campainha alerta, a cada olhada (a cada eternos dois minutos ) no relógio, um tormento que foi se tornando revolta, ameaças, promessas de: "esse é meu último dia em São Paulo" etc. Consegui um assento, mas ainda faltava meia hora para chegar ao meu destino. Nesses momentos, em que até os grafites espalhados pelas ruas nos enfurecem, um cartaz em minha frente com os dizeres "Educação de Trânsito", completou a minha cólera.
Passei o resto do caminho com a companhia daquele cartaz amarelo que, em uma lida rápida antes que me enjoasse, entendi que convocava as pessoas para um prêmio que prestigiaria trabalhos voltados à boa educação no trânsito. Acontece que quando se têm pregos na cabeça, tudo em volta vira um martelo, e um martelo que somente martela.
Saltei do ônibus, fui trabalhar, depois fui para a faculdade e na volta para casa me deparei novamente com aquele mesmo cartaz. Gastei uma hora desprestigiando qualquer possível prestígio direcionado àquele trânsito, martelando as pregas da minha cabeça, soldando-as e impossibilitando-as de se abrirem para algo que não viesse das minhas exaustivas reflexões.
Foi aí que, em uma dessas providenciais "coincidências", olhei para o lado e vi um motorista dormindo em meio aquele terrível congestionamento. Cena que me levou a pensar no quanto nós, seres humanos modernos, somos preguiçosos, letárgicos e mentalmente pregados na nossa própria inércia. Passamos, diariamente, horas criticando o trânsito, se enfurecendo com ele, "desprestigiando-o", enfim, passamos horas fomentando sua desordem, regando as nossas próximas criticas, alimentando nossas raivas, ao invés de buscar uma forma de saná-las. Pensamos em tudo, nos distraímos com tudo, quebramos nossas cabeças para diagnosticar os problemas do trânsito, para elaborar críticas, para culpar terceiros, ou segundos, mas nunca assumimos nossas culpas e nossa participação ativa na construção de um possível trânsito seguro e de fácil acessibilidade.
Usamos o trânsito como um martelo que soca os soníferos e/ou irados pregos em nossas cabeças, ao invés de vermos que com uma simples torção na mão, este mesmo martelo oferece uma ferramenta dentada ideal para arrancar tais pregos. Não vemos que aquelas mesmas quatro, seis, ou sei lá quantas horas "perdidas" no trânsito, podem em muito, auxiliar na busca de soluções eficientes para sua melhoria, contando apenas, e a princípio, com a atenção dos usuários de forma conjunta e construtiva.
Eis, portanto, a minha modesta lição tirada de um momento de exaustão no trânsito, eis a minha ideia a respeito das complexas e suficientes ferramentas que um simples martelo (trânsito) pode nos oferecer (nos educar).
2º lugar - Leonardo Fukasawa Galvanese
Olhar diferente
Sempre quis expressar minhas opiniões de alguma maneira, mas não sou muito de falar. Então, decidi socializá-las através do papel.
Meu ofício é na cidade de São Paulo, grande cidade. Tenho colegas em outras partes da cidade, do País e do mundo. Alguns atuam no exército, marinha e até na aeronáutica.
Meu dia-a-dia é como o de todos profissionais do trânsito, desafiador e estressante. Exceto na hora do rush; dia e noite, feriado ou não, aqui nunca para, diferente de mim. Eu permaneço fixo durante todo meu expediente.
Vejo muitas coisas acontecerem no trabalho e todos os dias me surgem dúvidas a respeito do comportamento das pessoas no trânsito. Disse que meu trabalho estressa, mas nada comparado ao que um homem sentia num dia de engarrafamento recorde na capital, com tudo parado, ele saiu do carro e, já molhado pela água da chuva que caía, começou a esbravejar e gritar com o condutor a sua frente, reclamando da distância de alguns metros que o separava do carro adiante.
Num primeiro momento, se tudo estava parado qual a diferença de dois ou três metros a mais ou a menos? Talvez depois de um dia inteiro de trabalho, na volta para casa, qualquer aproximação do lar por menor que fosse, proporcionasse algum conforto ou alívio. É a mesma sensação de alguém que muda de faixa constantemente achando sempre que a de "lá" é a que anda mais.
Sempre tive intimidade com números e letras é uma diversão, aliás, trabalho com isso. Mas não os vejo quando estou numa atividade importante, pois, com a atenção desviada, a chance de algo sair errado aumenta. Atitude diferente da motorista que dirigindo e ao telefone celular perdeu o controle do carro e quase me acertou, que susto!
Minha visão é muito boa. Não importa se é noite ou dia ela é ótima. No trabalho dias atrás, num sábado, por volta das 22 horas ouvi um som de carro cantando pneu. No início era fraco, mas começou a aproximar-se e então apareceu, um carro em alta velocidade tentando fazer tomada de curva onde não se deve. Mais adiante, um policial percebendo a movimentação parou-o pra averiguação. A dificuldade era grande. O homem de aparência jovem levava mais três no carro. Agressivo e gritando ao descer do veículo, respondia com dificuldade e total falta de lógica às perguntas feitas. Após a medição no "bafômetro", do registro dos efeitos de bebida alcoólica e da presença de embalagens das últimas no carro, ficou mais que comprovada a perigosa mistura de "álcool, direção ou guidão". Quando perguntado da sinalização de velocidade, o rapaz respondeu "Não tinha visto, não!". As pessoas podem não me ver, mas eu sempre as vejo.
Neste momento, outra dúvida me veio: porque alguns conduzem seus veículos - carros, caminhões, ônibus, bicicletas e motos - sob esse estado, colocando em risco a própria vida e de outras pessoas? Quiçá a resposta possa ser encontrada no comentário que um dos passageiros do referido carro fez: "Relaxa, não vai dar em nada". A sensação de impunidade e a falta de informação ainda são dois fortes adversários na corrida pela segurança no trânsito.
Gosto do que faço. Apesar de todos, e sei que o são, não me olharem com um sorriso de alegria ao me notarem. Não queria ser visto como vilão ou estraga-"lazer". Ao passarem por mim, percebo suas expressões como que dizendo "Ah! Outro desses aqui!" Mas os piores são os que me obrigam a registrá-los, esses sim dão trabalho a todos.
Não gosto de chatear ninguém, mas não tem jeito, quando vejo algum abuso de velocidade, ponho logo minha visão a trabalho. Gostaria que não fosse assim. Preferiria não ter que punir para ensinar. Pode parecer estranho, mas um dia espero que não necessitem mais dos meus serviços, representaria um grande avanço a todos. Tenho certeza que esse dia chegará.
Se me perguntassem, diria que o melhor é o uso do bom censo, aquele que coloca em primeiro lugar a sua vida e a vida de outrem, o mesmo que faz você pensar duas, três vezes antes de cruzar um sinal vermelho ou atravessar fora da faixa de pedestre. É também o bom senso que nos faz refletir sobre frases como: "Preferes perder um segundo de sua vida ou perde-la em um segundo?"
O trânsito, como tudo na vida, pode e deve ser agradável proporcionando-nos bem-estar, permitindo-nos a perfeita utilização da expressão: "Unir o útil ao agradável". Mas para tanto, cada um de nós precisa fazer sua parte.
Bom, estas foram algumas estórias e opiniões sobre o objeto do meu trabalho. Acredito que minhas colocações também seja as de várias outras pessoas, inclusive você. Se eu sozinho posso contribuir de tantas formas, imagine você que fala, pensa, anda, pense no que poderá fazer.
Se souber as respostas que procuro ou apenas quiser fazer o contato me visite na Av. Profº Francisco Morato ao lado do meu colega semáforo e do canteiro central. Meu nome é fiscalizador eletrônico de velocidade, mas me chamam de radar. 3º lugar - Marino hilário Catarino
3º lugar - Marino Hilário Catarino
Encontros de liberdade
Todos os dias para ir ao serviço pego um ônibus sentido centro até o terminal Amaral Gurgel e o metro até a estação Tatuapé. Quando o expediente termina pego a mesma linha de metro no sentido contrário, desço na mesma estação e pego um ônibus que vai no sentido bairro e assim volto para casa e fechando o ciclo rotineiro. Todos os dias salvo domingos e feriados sei exatamente como meu dia começa e como termina.
Estou nesta rotina há sete anos. Já tentei mudar de emprego e trabalhar perto de casa, mudar de casa e morar perto do emprego mas nos tempos de crise quem consegue ou um ou outro? Ou não tem emprego que pague bem para eu mudar ou não tem quarto barato o suficiente para eu alugar.
Uma vez tentei mudar o modo de ir trabalhar e fui somente de onibus, comecei bem, inspirado e confiante e quando adentrei no segundo onibus me senti realizado, e ainda ia sentado para o serviço. Um novo caminho talvez mais rápido e confortável que o habitual e mesmo que fosse dez minutos mais demorado, só o fato de eu estar sentado e sem pessoas me empurrando de uma lado para o outro já bastavam para tornar o decorrer do dia mais feliz. Porém mal o ônibus saiu do terminal Parque Dom Pedro e já ficou parado uns bons vinte minutos. Na hora pensei que era só manter a calma que logo o trânsito iria desafogar e a viagem iria continuar mas meu coração quase infartou quando nem estava na metade do caminho e olhei para o relógio e já constava uma hora e dez de atraso. Quando cheguei no serviço e vi a expressão de "não me interessa" na face de meu chefe logo aperto minha barriga e digo que passei mal de manhã mas que já estou bem melhor. Mentiras e descontos a parte nunca mais fiz esta loucura de pegar dois ônibus. Neste dia voltei resignado para casa e para a rotina diária.
Certa vez vi na televisão uma reportagem sobre ir trabalhar de bicicleta, que era mais saudável e econômico e fiquei imaginando como seria bom para mim andar de bicicleta e a quanto tempo não o fazia. O caminho para o meu trabalho tem poucos declives e tem grandes avenidas além do que iria me proporcionar sair mais nos finais de semana e quem sabe até viajar com a quantia de transporte que economizaria. Fui até uma destas lojas de artigos esportivos e comprei uma bicicleta. O vendedor bom que era me convenceu a comprar em vinte prestações um verdadeiro carro sobre duas rodas, uma bicicleta tão fabulosa que só faltava andar sozinha e comprei logo o kit completo; um capacete, luvas, joelheiras e uma garrafa de água que iria ser acoplada no quadro da bicicleta. Mal cheguei em casa e montei a bicicleta e fui pra casa dormir com o leve sorriso de um serviço bem feito e tal como uma criança na véspera de natal mal podendo conter a ansiedade pelo amanhecer para poder estreiar o brinquedo novo. Segundo o vendedor só o fato de eu saber exatamente quanto tempo estaria ganhando com a bicicleta já iria me deixar mais feliz. E assim segunda-feira cedinho me arrumei, tomei meu café da manhã e corri pra rua com toda a parafernália e o cronometro já marcando o tempo.
No começo andar de bicicleta pelas ruas de São Paulo foi relativamente fácil pois ainda estava nas vias de acesso para o meu bairro mas foi só entrar na avenida Cruzeiro do Sul que já escuto uma buzinada tão alta e forte direcionada para mim que fico com as pernas bambas. Parecia que ninguém respeita um veículo de micro porte nesta cidade. Meu coração estava batendo forte, não somente pelo medo de dirigir por entre os carros e ônibus e ter de disputar o espaço entre as faixas da avenida com os motociclistas mas também pelo esforço do trajeto. Após pedalar até o terminal onde pegaria meu ônibus eu já me encontrava em um estado lastimável fisicamente. Minhas roupas estavam praticamente molhadas pelo meu suor, a garrafa de água que comprei com a bicicleta durou muito pouco e não deu conta, meus joelhos estavam doendo de tanto esforço e meu coração batia tão forte e rápido que temi ter um ataque cardíaco ali, bem na entrada do terminal de ônibus. Comprei uma garrafa de água que bebi na água e outra para usar como refil e continuei a peregrinação. Cheguei um pouco mais cedo no serviço mas o dia não rendeu nada, estava exausto demais e percebi que precisava treinar muito para voltar a ter a forma física de minha juventude. Minhas pernas estavam ardendo muito porem não tive câimbra na ida mas a volta para casa ao final do dia foi muito mais cruel para mim. Não tinha mais forças para pedalar, todo o meu corpo doía muito e assim metade do caminho tive de ir a pé tendo a bicicleta ao meu lado apenas como apoio. Na manhã seguinte passei numa farmácia e comprei tudo que pudesse aliviar a dor e voltei a velha rotina de ônibus e metro.
Depois daquele dia não arrisquei mais em mudar a minha rotina, porém assim como um super herói que tem sua identidade secreta e a usa quando não está sendo visto por ninguém eu agora tenho a minha, toda terça a noite e domingos me encontro com um grupo de heróis modernos que preferem utilizar seus cavalos de metal enfrentando os congestionamentos, ruas esburacadas e as buzinadas frequentes e arriscando a vida em meio ao caos cotidiano que não mostra nenhum respeito pelo tão nobre veículo esquecido em nossas infâncias. Pedalamos por vários bairros e lugares da cidade desde a famosa e movimentada avenida Paulista até pelo majestoso parque Ibirapuera e é isto que mais adoro nesta cidade, a sua grande variedade de opções. Agradeço muito o seu trânsito complicado e a rotina diária que sempre faço pois se não fosse por esta pseudo prisão jamais teria encontrado minha liberdade.